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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Porque somos o que comemos a NASA Criou o sistema HACCP

HA = Análise de perigos
CCP = Pontos Críticos de Controlo
HAZARD = Perigo

 

O sistema de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP) tem na sua base uma metodologia preventiva, com o objectivo de poder evitar potenciais riscos que podem causar danos aos consumidores, através da eliminação ou redução de perigos, de forma a garantir que não estejam colocados, à disposição do consumidor, alimentos não seguros.

O sistema HACCP baseia-se na aplicação de princípios técnicos e científicos na produção e manipulação dos géneros alimentícios desde "o prado até ao prato".

Quem tem de desenvolver o sistema HACCP


Todas as empresas do sector alimentar que se dediquem a qualquer fase da produção, transformação, armazenagem e/ou distribuição de géneros alimentícios.

Definição de empresa do sector alimentar: qualquer empresa, com ou sem fins lucrativos, pública ou privada, que se dedique a uma actividade relacionada com qualquer das fases da produção, transformação, armazenagem e/ou distribuição de géneros alimentícios. (cfr nº2 do artigo 3º do regulamento nº178/2002 de 28 de Janeiro).

Nota: Ter sempre em conta!



E se se tratar de fabrico de produtos alimentares no domicílio para venda?
Procurem sempre produtos ou serviços certificados!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Rabanadas à Poveira




RABANADA À POVEIRA - História
A rabanada é um doce de referência na comunidade piscatória poveira. Elaborada com base em ingredientes acessíveis, enquadrava-se bem numa população cujas raízes não se sustentavam na abundância e que incorporavam na gastronomia a singeleza da sua vida quotidiana. A diferença estava na criatividade de quem confecciona, por isso a Rabanada está longe de ser um produto homogéneo. De casa para casa, ou mesmo em cada família, encontravam-se várias soluções, segundo as posses ou os gostos, e reforçando-se assim os sabores com diferentes opções (vinho branco, vinho tinto, vinho do porto, leite, água, etc.). No entanto, o que associa a Póvoa à Rabanada não é propriamente esta tradição familiar.
A conhecida “Rabanada Poveira” é um produto mais recente, com forte feição comercial e fruto de uma adaptação das tradições locais. Mais uma vez o responsável foi Leonardo da Mata 
No início da década de 50, o autor teve a ideia de apresentar a “Rabanada” na ementa do seu restaurante, procurando assim encontrar uma solução para as sobras de pão, o chamado bijou ou molete, mas designado pelos poveiros de “trigo”. Recorde-se que tradicionalmente as rabanadas eram feitas de pão cacete.
Definido o propósito, Leonardo da Mata pôs mãos à obra no sentido de conseguir um resultado convincente. Um percurso feito de tentativas até obter o resultado pretendido. A questão fundamental sempre foi a qualidade do pão facto que, com o passar dos tempos e a moda do “pão quente”, veio dificultar a tarefa.
Mantendo a tradição da comunidade piscatória, o autor recorreu a ingredientes básicos e o resultado final reflectiu a mestria do cozinheiro.
José da Mata (filho e colaborador) conta que havia entre os compradores de rabanadas no restaurante clientes que sabiam distinguir quando os doces eram feitos pelo Sr. Leonardo ou pelos funcionários.
O sucesso das “Rabanadas Poveiras” ou das “Rabanadas do Leonardo” levava a grande procura deste produto quer na Póvoa quer na região, sendo frequente o envio para o Brasil. Era “obrigatório” para quem nos visitava levar para casa uns exemplares do doce de referência da Póvoa. Contou José da Mata que em certas situações (exemplo de jogos de futebol com equipas que traziam muitos adeptos) era necessário haver polícia para disciplinar a fila que se formava para comprar as rabanadas.
Este doce sobreviveu à morte do seu criador e é hoje possível encontrá-lo na ementa de muitos restaurantes da cidade, mas, como acontece nestas coisas da gastronomia, cada um tem um toque pessoal que o individualiza.